sábado, 23 de julho de 2011

A cada ano, dezenas de imigrantes renunciam ao islamismo



(tradução pr. Irismenio)
Em uma reportagem de Ignacio Cembrero, do jornal El País, se relata uma cerimônia de batismo evangélica. ¨Você crê no Senhor Jesus Cristo
como único e suficiente salvador¨?, pergunta, com voz firme, o pastor Josè Luiz Fernández. ¨Sim¨, responde, no mesmo tom, o crente, e se deixa submergir na piscina batismal.



Esta modalidade de batismo se repete cada domingo nas igrejas evangélicas da Espanha, mas a que se desenvolve em Les Roquetes d Sant Perede Ribes, em Barcelona, é especial: o batizando se chama
Mohamed Karami, engenheiro industrial de 37 anos, imigrante marroquino. ¨É o primeiro ex-muçulmano que batizo¨, explica orgulhoso o pastor Fernández.Vestido de camiseta branca molhada, Karami se dirige ao microfoneFala das muitas etapas da sua vida, da ¨curiosidade¨ que sentiu pelareligião da sua mulher, que é latino-americana, e por fim, de que em 2008, algo especial ocorreu. ¨Tive um encontro com o Senhor.
Entreguei-lhe minha vida. Nasci de novo¨, concluiu.

Diante de centenas de fiéis, em sua maioria espanhóis, que enchem o templo, irrompem em aplausos, ao mesmo tempo que, diante da tela do projetor, aparecem letras de cânticos que cantam com entusiasmo. Os
que mais batem palmas nos cânticos, são dois pastores, Hassan , de Alhucemas (Marrocos) e Said, de Cabilia (Argélia), muito dedicados aos imigrantes. Entre os fiéis também há marroquinos que, como Mohamed,renunciaram ao islamismo, convertendo-se ao cristianismo e duas jovens de Tánger, que segundo contam, vieram por curiosidade.Medo do fundamentalismo islâmico As duas jovens são advertidas de que no templo há um fotógrafo e um repórter e lhes procuram. ¨Por favor, que não saiam nossos nomes, nem
nossos rostos no jornal¨, pedem, ¨pois podemos ter problemas com nossa  família si lerem a reportagem¨. Mohamed, o batizado, tampouco contou para sua mãe, de 73 anos, sobre sua conversão. Seu pai, militar,
faleceu durante a guerra no Saara Ocidental. ¨Algum dia irei a Marraquesh e lhe direi sobre minha conversão e creio que ela acabará aceitando¨, afirma.

Há países muçulmanos que preveem pena de morte para os apóstatas,inclusive os que estipulam esse castigo, a conversão significa a¨própria morte civil do convertido¨, sustenta Camille Eid, um jornalista cristão, oriundo do Líbano e autor do livro Cristãos que vieram do Islamismo¨, publicado em 2006, na Itália. Mohamed recorda que, quando começou a conhecer o cristianismo, através da sua sogra¨gostou que pudesse orar, cantando com alegria, pois nós, muçulmanos,temos dificuldades em mostrar nossos sentimentos¨, lamenta. ¨O batismo, para mim, significa anunciar o que cremos e que entregamos nossa vida ao Senhor¨.
A paixão que mostra Mohamed tem explicação: ¨Os convertidos do islamismo devem superar muitas travas psicológicas e até jurídicas¨.

Eles optam pela fé cristã evangélica
Para Mohamed, ¨Não posso aceitar que haja um intermediário entre Deus e os homens, a não ser Jesus Cristo¨. A maioria dos convertidos ä fé cristã optam pelo protestantismo por razões mais práticas: seus
pastores pregam muito mais o Evangelho que os sacerdotes católicos.

Quantos muçulmanos se convertem por ano ao cristianismo na Espanha?
Não há nenhuma estatística a esse respeito. Na França, onde a comunidade muçulmana é maior, estima-se uns 600. Na Espanha, são, com certeza, muito menos. Segundo Camile Eid, ¨no islamismo, há somente
uma porta de entrada; mas nenhuma de saída¨.
Fonte: Uno – periódico evangélico de España

– año IV- no. 43- pg.23- julio 2011 – traduzido pelo pr. Irismênio

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