quinta-feira, 30 de junho de 2011

Seca no leste africano é a pior em 60 anos



A seca que assola a região leste da África – principalmente Etiópia, Somália, Quênia, Uganda e Djibuti – já afetou a vida de cerca de 10 milhões de pessoas, afirmou nesta terça-feira (28) a Organização das Nações Unidas (ONU). Segundo dados do órgão, a seca é a pior dos últimos 60 anos, e deverá continuar a complicar a vida dos cidadãos desses países até pelo menos 2012.
As previsões meteorológicas apontam que não haverá melhora na situação da seca até 2012, por isso que a ONU pediu uma mobilização internacional que permita evitar uma nova crise humanitária. Segundo dados da Organização das Nações Unidas para a Agricultura e Alimentação, a falta de chuva é causa da “maior crise de alimentos da atualidade”, afirmou a porta-voz do Escritório de Assuntos Humanitários, Elizabeth Byrs.
Em algumas das regiões mais afetadas, a taxa de desnutrição infantil alcançou 30%, o dobro do nível de emergência estabelecido pela ONU, mas teme-se que a situação piore ainda mais. Byrs afirmou que outro aspecto preocupante é a alta nos preços dos grãos, que representam parte essencial na alimentação local.
No Quênia, por exemplo, os preços dos grãos hoje estão entre 30% e 80% – dependendo da região – superiores à média dos últimos cinco anos. Na Etiópia, a inflação relacionada com os alimentos superou 40% no mês passado.
A seca também teve um impacto no aumento do fluxo de refugiados e deslocados internos, segundo os dados do Escritório de Assistência Humanitária.
A falta de alimentos e a piora na qualidade de vida por causa da seca também causam aumento nas taxas de abandono escolar e na contração de doenças, segundo Byrs. A ONU lembra que a crise causa maior tensão e conflitos entre comunidades que competem pelos poucos recursos que ficam.
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