domingo, 28 de novembro de 2010

África para Cristo




As Nações Unidas avisam que a triplicação das populações urbanas na África pode ser desastrosa, a menos que os governos invistam urgentemente na habitação e nos serviços públicos.
O relatório da UN-Habitat diz que, no ano passado, a população de África excedeu, pela primeira vez, os mil milhões.
Até 2050, diz o documento, 60% de todos os africanos viverão em cidades.
As populações urbanas já se ressentem do sobrepovoamento, dos fornecimentos irregulares de água e de energia elétrica e de transportes públicos deficientes.
Contudo, há boas notícias para o Norte de África, onde o número de bairros pobres terá caído para quase metade nos últimos dez anos.
O relatório da UN-Habitat avisa que as mudanças climáticas estão causando um outro problema sério: cheias nas costas marítimas.
Com muitas das cidades de África edificadas junto ao mar, o relatório diz que milhões de pessoas arriscam-se a perder as suas casas nas próximas décadas.

Do campo para a cidade
A linha costeira na África Ocidental está a recuar anualmente entre 20 a 30 metros.
Uma das cidades nessa região, a capital comercial da Nigéria, Lagos, já tem quase 12,5 milhões de habitantes e vai este ano ultrapassar a capital egípcia, Cairo, como a maior cidade de África.
Kinshasa, a capital da República Democrática do Congo, é a cidade que regista neste momento o crescimento mais rápido no continente e o relatório da UN-Habitat diz que também deverá ultrapassar o Cairo dentro de 10 anos.
Com as populações urbanas crescendo tão rápido, a ONU prevê que nos próximos 20 anos África deixará de ser predominantemente rural.
O relatório diz que isso não é nem bom nem mau; a urbanização, em geral, resulta na melhoria dos padrões de vida, mas apenas se tomarem medidas para a criação de habitações, infra-estruturas e serviços adequados.
Fonte: BBC para África

sábado, 27 de novembro de 2010

Egito prende 156 após protesto por construção de igreja

EGITO (20º) - A procuradoria geral egípcia determinou a prisão de 156 manifestantes envolvidos em confronto com policiais depois de as autoridades proibirem a construção de uma igreja num subúrbio do Cairo, disse a agência estatal de notícias Mena na quinta-feira.

Um cristão morreu e dezenas ficaram feridos na quarta-feira em Gizé, quando cerca de 3 mil cristãos coptas apedrejaram fileiras de policiais. Os agentes os rechaçaram, e muçulmanos também atiraram pedras nos cristãos por detrás do cordão de segurança.

O procurador-geral decidiu manter os 156 manifestantes detidos durante 15 dias, sob suspeita de incitarem o confronto, disse a Mena. A reportagem não esclareceu se o grupo foi formalmente indiciado.

Os cristãos compõem 10 por cento dos 79 milhões de habitantes do Egito. Na quarta-feira, alguns deles fizeram uma manifestação perto da igreja, e outros junto à sede regional de governo em Gizé.

O Ministério do Interior disse que pelo menos 112 manifestantes foram detidos na região de Gizé, onde as autoridades suspenderam a construção de uma igreja, embora os coptas digam ter uma autorização oficial.

Entidades de direitos humanos disseram que 30 advogados foram barrados quando tentavam acompanhar o interrogatório de 120 manifestantes na noite de quarta-feira.

Cinco advogados depois conseguiram entrar na sede da procuradoria e receberam autorização para acompanhar os depoimentos, mas não para conversar reservadamente com os presos, segundo nota da entidade Iniciativa Egípcia Pelos Direitos Pessoais.

A nota acrescenta que as autoridades se recusaram a registrar as queixas dos advogados sobre a validade dos procedimentos, e que também ignoraram lesões sofridas por alguns dos acusados.

O governador de Gizé, Sayyed Abdel-Aziz, disse que os cristãos aparentemente se aproveitaram de uma autorização para construir um centro social, e pretendiam construir uma igreja em vez disso.

Os cristãos dizem que têm a permissão correta e que irão continuar construindo a estrutura, que tem três andares e uma cúpula.





Fonte: Estadão.com.br
NOTÍCIAS | 25/11/10 19:00